Não ousas amar.
És escravo do teu corpo. Do teu medo.
Tomas o medo por liberdade e finges para ti mesmo que és
assim...
Dono dessa liberdade que escolheste,
Que nada mais te trás além de amarras.
Não te permites saborear o amargo e doce risco de amar...
Tens ânsia de te dar, mas jamais te entregas.
Tens fome de sentir, mas impões-te limites.
Como se sente com limites?
Não vale a pena tentares vender-me as tuas teorias
já tão gastas...
já tão gastas...
Vende-as a quem ainda não tenha ousado amar,
tal como tu.
tal como tu.
Eu já não vou a tempo sequer de as querer ou poder entender.
Como podes não ousar amar o corpo que está nas tuas mãos e se reclama teu?
Como podes assumir-te livre e limitares-te
ao mero desejo do teu corpo?
ao mero desejo do teu corpo?
Calas uma troca de olhares com um copo de vinho,
Esperando que tudo o que possas vir a sentir
se dilacere naquele momento.
se dilacere naquele momento.
E dizes que não acreditas em contos de fadas...
Nem eu.
Mas o amor é indomável.
E no entanto, tu não ousas amar.
Pior que um desejo saciado com o corpo é ter desejo de saciar com a alma! Ousemos amar, por favor. Maravilhosa poesia.
ResponderEliminarBeijinho.