Se me deixares ir


Se me deixares ir, eu juro.... juro que não vou entender.
Se não me agarres agora, jamais irei compreeder.
Que é feito do amor se te deixas partir de mim assim?
Eu nunca te disse muitas vezes que te amava.                        
E ainda assim, não me deixo partir de ti assim.
Porque o quanto te sinto não me larga.
Porque o quanto te dei ainda me pertence tanto.
Porque sempre que não o falei, eu disse que te amava.
O amor está no que se diz, no que se faz, no cuidado e no interesse, 
no carinho e na paixão, na paz que me és e que te sou.
Se me deixares partir, não vou conseguir perdoar-me.
Não vou perdoar-me por tudo o que te dei,
 ainda mais por tudo que estava disposta a dar-te.
Que ainda estou.
Não vou perdoar-te por tudo o que não foste capaz de me dar.
E eu nunca te pedi promessas. 
Mas também não procurei em ti nem menos,  nem mais do que aquilo que te dei.
Mas se não estiveres disposto a agarrar alguém que te respeita, te compreende,  te quer acompanhar nos momentos bons e maus da tua (nossa) vida... que aceita a tua vida tal como é,
Se não é suficiente (ou talvez seja demais )para ti alguém querer doar-se de verdade, como posso eu compreender isso?
Não posso. Não consigo. Não quero.
Não posso aceitar menos do que aquilo que sei que mereço.
E tu bem sabes que o amor é reciprocidade. 
Só o é se formos. Só o é se nos damos.
 Só o é se não nos deixarmos levar pelo medo, incertezas ou egoísmo.
Por tudo isto, se me deixares ir, 
ficas a saber da minha vontade de ficar.
Porque te amo.
Mas não fico.
Quem sabe o que pode dar, o que pode e o que quer ser, não pode aceitar menos.
Que desgaste seria remar contra uma maré tão ingrata: 
a de esperar pelo que nunca me quererás dar.
Se me deixares ir, saberei que jamais te tive.
Se me deixares ir, saberás que jamais serei tua.
vais deixar-me ir?


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