Necessidade de sentir.
Necessidade de escrever. Necessidade de observar. Necessidade de ouvir e ser
ouvido. Talvez as minhas necessidades se resumam deste modo. Bem...Talvez dentro
deste resumo, muitas mais estarão subjacentes... Não é que eu seja complicada,
mas não é tão bom sentirmos um constante turbilhão de sentimentos? Quero lá eu
saber de quem caminha com os pés no chão (que é como quem diz com a mente
aprisionada!).
Gandhi disse “A prisão não são as
grades, e a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livres na
prisão. É uma questão de consciência”. Que afirmação tão simples e tão poderosa
(talvez a fórmula seja essa! Simples = poderoso). Tudo em minha volta pode
desmoronar-se que, ainda assim, a minha mente será livre para sonhar...para
amar.
Talvez seja esta constante
vivência para lá de tudo o que “é efetivamente” que se traduza nesta
necessidade incontrolável de me expressar através da escrita. Quantos e quantos
sentimentos dançaram em papéis mais tarde abandonados. E muitos desses
sentimentos aí expressos acabaram abandonados também.
É tão doce a chegada de alguém
que nos compreenda. Mas não será igualmente doce a dor de a ver partir da nossa
vida? Talvez não me compreendam. Mas... eu vivo de sentimentos (diga-se de
prazer ou dor) e sem eles nada sou. E eu quero Ser. Sentir, seja lá o que for,
mas sentir!
Observo as pessoas. Tento
identificar o que as move, o que poderão estar a pensar. Muita gente
suporta-se. Apenas isso. As pessoas suportam-se porque há que viver em
sociedade e seguir-lhe as regras. E o Sentir? Todos nós já engolimos um sapão
mas... não vejo a necessidade disso no círculo de amigos por exemplo. Para quê ter de suportar alguém quando pudemos
partilhar-nos com alguém? E já nem falo do amor! Esse bicho papão que apanha
toda a gente mas curiosamente há quem não se deixe apanhar (ou quem acha que
foi apanhado mas afinal era outro bicho – parece-me que seja mais uma planta...das
carnívoras ou algo do género!).
Amor...bicho papão. Que este
bicho invada cada passo que dermos! O Amor, no seu sentido mais puro diga-se!
Sim, o Amor é tão mais que eu e
tu.
Mas quando é só tu e eu... I can live with that! J
Não vivemos sem sentir.
ResponderEliminarNão vivemos sem ser.
Não somos sem sentir.
Seja dor, seja felicidade. É sentir, abracemos o momento. O agora que é tudo aquilo que temos.